Dica de livro: Como Tocar Guitarra Passo a Passo

Dica de Livro : Como Tocar Guitarra Passo a Passo

Todas as vezes que vou a uma livraria, não deixo de dar uma boa olhada nas opções de livros de música. Gosto de avaliar o há de novo ou se o que está sendo lançado é mais do mesmo. Tem muita coisa boa editada em português e para todos os níveis.

Vou postar algumas dicas aqui de livros que adquiri e vou tentar listar os prós e contras quando necessário.

O livro que escolhi para inciar é um guia para guitarristas COMO TOCAR GUITARRA PASSO A PASSO : O GUIA COMPLETO PARA DOMINAR A GUITARRA.

O legal deste livro é que ele vem com um DVD que pode ser usado em PC ou MAC. Este DVD é apenas para computador, ou seja, não vai funcionar se você plugar no se aparelho de Blue ray ou DVD player. Basta clicar no ícone Start_Macuniversal.app ou Mac intel.apppara Mac ou o arquivo equivalente para Windows. Ao clicar vai abrir uma janela perguntando se concorda com os termos contidos no arquivo LeiaMe.html. Clique sim. Testei no meu Mac e não tive que usar o ícone Macintell.app porque meu Mac usa um processador Intel. No DVD você terá basicamente quatro ícones:

Sessões

Nesta sessão você poderá praticar as técnicas e exercícios apresentados no livro para desenvolver suas habilidades com o instrumento. Os arquivos de vídeo estão organizados com a página a que se referem no livro o que facilita bastante para acompanhar e localizar-se. Na sessão há uma mostra de diversos gêneros musicais como blues, rock, funk, country, R&B, reggae, Pop e jazz o que ajuda a quem está começando a diferenciar os diferentes gêneros musicais.

Técnicas

Aqui poderá ouvir as técnicas descritas nas sessões do livro. Elas são tocadas por um guitarrista profissional. São divididas em duas sessões. na primeira mostra como afinar a guitarra, postura ao tocar, como segurar e tocar com a palheta ou com os dedos, acordes e power chords. na segunda sessão mostra sessões básicas de hammer-on e pull-off e também alguns acordes maiores e menores. Se você já domina estas técnicas não perca tempo com esta sessão.

Exercícios e Bônus

Veja e ouça todos os exercícios descritos nas sessões do livro para incrementar seu modo de tocar.

Material bônus: Faixas de áudio para você improvisar

Conteúdo

O livro possui 352 páginas e é dividido em seis capítulos.

Capítulo 1 – Os equipamentos. Nesta parte você tem um overview sobre a guitarra, violão, aparelhagem de som como por exemplo, os amplificadores e pedais de efeito. Nesta parte dos efeitos o mais legal é que ao descrever o efeito há indicações de músicas onde são empregados. Por exemplo, o efeito chorus é usado em músicas como Paradise city do Guns N’ Roses (introdução da música).

O capítulo 2 é dedicado à teoria essencial com conceitos básicos de notas, escalas, tonalidades e localização das notas musicais no braço da guitarra. Neste capítulo são mostradas as regras de construção de acordes e também as noções de ritmo e tempo.

O capítulo 3 é a parte mais interessante e rica do livro (também é a maior em número de páginas) e vai trabalhar as 10 sessões que estão no DVD, passando pelas técnicas básicas e seguindo para temas avançados como acordes, escalas (maiores, pentatônicas, blues, etc.), sistema CAGED, progressões de acordes, acordes dissonantes ( Sus2, sus4, add9, inversões, etc), solos e riffs e finalizando com os gêneros musicais.

O capítulo 4 dá dicas de como se tornar um artista, como fazer composições ou cover de músicas. há dicas também de como tocar em grupo e como formar uma banda.

O capítulo 5 dedica-se à manutenção da guitarra, dicas de escolha e ajuste de cordas, limpeza e cuidados no armazenamento e transporte do instrumento além também de customização do instrumento.

O capitulo 8 traz recursos úteis como um dicionário de acordes e dicionário de escalas com os desenhos no braço da guitarra. O dicionário traz as escalas maiores, pentatônica maior, menor natural e pentatônica menor.

O livro termina com um glossário e índice remissivo que é bastante útil, se você precisa buscar um assunto específico.

Enfim, vale muito a pena para quem quer se aprofundar neste tema.

Como compor arranjo para coral em quatro vozes Amazing Grace

Vamos falar hoje sobre um tema muito interessante e útil para qualquer gênero musical: o canto coral. Quando vamos fazer um arranjo para vozes é preciso estar atento a algumas regras de vital importância.

Extensão das vozes

A primeira delas é a extensão das vozes. Um coro de quatro vozes em geral é composto por soprano, contralto tenor e baixo. Cada indivíduo tem sua própria extensão sendo que alguns conseguem cantar notas mais agudas e outras notas mais graves. Desta forma, se é um coral profissional com cantores em diversas extensões, é possível explorar mais estas variações, mas se é um coral em que as pessoas não são profissionais, um arranjo muito complexo trará dificuldades para o grupo e muitas vezes não trará o resultado esperado na performance.
A segunda regra é estar atento às pausas necessárias para a respiração. Um conjunto de notas longas muito próximas sem uma pausa para respirar compromete a performance do coro.

Harmonia

A terceira regra é estabelecer a harmonia da música, isto é, os acordes. A harmonia pode ser clássica, sem muitas tensões (muito comum na música sacra) ou com variações e tensões e estilo mais moderno. Se haverá um instrumento acompanhando, as tensões podem ficar a cargo dele. Trabalhar com notas de tensão nas vozes traz uma complexidade adicional e nem sempre o resultado é o que esperamos. Simplicidade facilita a composição e a performance.

Contraponto

Quarta regra: Use a teoria do contraponto para escolher as notas disponíveis para cada voz. Intervalos de terça, quinta, sexta e oitava. No contraponto as quartas são consideradas dissonâncias, mas já foram consideradas consonâncias, então em alguns casos ela combina bem. Já as dissonâncias que são os intervalos de sétima, segunda e qualquer intervalo diminuto ou aumentado devem ser evitadas na composição. Desta forma, uma das possibilidades é considerar uma das vozes ( em geral a melodia) como cantus firmus e compor as demais com base nela. Eu acho interessante basear por exemplo, o contralto na melodia que é cantada pelo soprano, depois usar o contralto como cantus firmus e compor o tenor. Já o baixo, é interessante manter as notas mais graves da harmonia. Todas as regras do contraponto clássico podem ser usadas nesta etapa e trazem bons resultados.

Evitar cruzamento de vozes e movimentos bruscos

Quinta regra: Verifique se alguma voz não está chocando com o acorde dado pela harmonia ou se não está chocando com outras vozes criando dissonâncias. Ao ouvir dissonâncias nosso ouvido irá perceber que algo não está combinando. Se isso ocorrer, revise novamente.
Sexta regra: Evite movimentos bruscos, ou seja, não crie saltos nas vozes. É claro que às vezes queremos criar saltos de propósito, mas fazer disso uma regra e todo tempo pode não agradar ao ouvinte. É importante cantar a composição para cada voz. Lembre-se que alguém terá que cantar a sua composição e quanto mais coerente e de fácil memorização ela for, melhor o resultado.
Como exemplo, trabalhamos a música sacra Amazing Grace, composta originalmente por John Newton no século XVIII (publicado em 1779) e depois gravada por Elvis Presley (veja o vídeo abaixo).

Adaptamos a harmonia  com algumas tensões para serem tocadas ao piano e abrimos em quatro vozes. Para este exemplo, optamos por um arranjo bem simples e com a mesma métrica para todas as notas.

A figura a seguir mostra a melodia e sua respectiva harmonia.

Amzaing Grace - melodia e cifras

No compasso 8 criamos uma passagem com um acorde diminuto para ser tocado ao piano enquanto as vozes descansam.

A partir desta harmonia, usamos a melodia na voz soprano e as notas dos acordes no baixo. O contralto foi criado a partir do soprano usando apenas consonâncias e o tenor por sua vez foi escrito a partir do contralto usando também consonâncias. O resultado é mostrado na figura a seguir, sendo que abaixo de cada nota está escrito o intervalo usado.

arranjo para coral para o hino Amazing Grace de John Newton

No primeiro compasso temos sol e dó como notas da melodia escritas para o soprano. Na linha do contralto temos sexta e terça formando mi que é a sexta e sol e mi novamente que é a terça de dó. Assim, o contralto canta na mesma métrica, porém canta a mesma nota no primeiro compasso. Já o tenor canta dó e dó novamente formando terças com a nota dó do contralto e neste caso fazendo movimento paralelo.

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