Aprendendo Música de Forma Mais Rápida e Eficiente usando Partituras com os nomes das notas.

Aprender música é um processo fascinante, mas pode ser desafiador, especialmente para iniciantes. Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos alunos é a leitura de partituras. As notas musicais podem parecer símbolos misteriosos no início, mas há uma solução simples e eficaz para ajudar os alunos a acelerar seu aprendizado: o uso de partituras com o nome das notas inseridas nos desenhos das notas. Neste post, vamos explorar e discutir os benefícios dessa abordagem e a importância de ter o domínio de um software de edição de partitura para isso.

Existem vários benefícios em usar partituras com nomes de notas para facilitar o aprendizado musical. O primeiro e mais óbvio benefício é a clareza. Ao ver o nome das notas escritas diretamente nos desenhos das notas na partitura, os alunos podem identificar rapidamente qual nota estão tocando. Isso elimina a necessidade de memorizar as posições das notas no pentagrama e facilita a associação entre a notação musical e os nomes das notas.

Além disso, a utilização de partituras com nomes de notas incentiva a independência dos alunos. Eles não precisam depender exclusivamente do professor para identificar as notas corretas. Com essa abordagem, os alunos têm a oportunidade de aprender por conta própria e praticar em casa de forma mais eficiente. Isso leva a um aumento da confiança e motivação, à medida que os alunos veem seu progresso mais rapidamente.

A necessidade de usar um Software

No entanto, para implementar esse método de ensino, é necessário um software de edição de partitura adequado. Os programas de edição de partitura permitem que os professores insiram os nomes das notas nos desenhos das notas de maneira fácil e eficiente. Eles oferecem ferramentas e recursos específicos para ajudar a criar partituras claras e legíveis para os alunos.

Existem várias opções de software de edição de partitura disponíveis no mercado, mas é importante escolher uma opção que atenda às necessidades específicas dos professores e alunos. Entre os programas pagos mais populares estão o Sibelius e o Finale. Ambos oferecem recursos avançados de edição de partitura e são amplamente utilizados em ambientes profissionais. No entanto, esses softwares podem ser caros e podem não ser acessíveis para todos os professores e alunos.

O Musescore

Felizmente, existe uma excelente alternativa gratuita e de código aberto: o MuseScore. O MuseScore é um software de edição de partitura poderoso e versátil, que oferece recursos semelhantes aos programas pagos, mas sem custo. Ele permite que os professores criem partituras com nomes de notas de forma simples e intuitiva, tornando mais fácil a implementação dessa abordagem no ensino musical.

O MuseScore possui uma interface amigável, o que facilita sua utilização mesmo para aqueles que não têm muita experiência em edição de partitura. O programa suporta uma ampla variedade de notações musicais e permite personalizar a aparência da partitura de acordo com as preferências individuais. Além disso, o MuseScore possui recursos avançados, como a reprodução de áudio das partituras, que permite aos alunos ouvir como a música deve soar enquanto seguem as notas na partitura.

Outro ponto positivo do MuseScore é a sua comunidade ativa de usuários e desenvolvedores. Por ser um software de código aberto, o MuseScore conta com uma comunidade global de músicos e programadores que contribuem com atualizações, correções e novos recursos. Isso significa que o programa está em constante evolução e aprimoramento, garantindo uma experiência cada vez melhor para os usuários.

Comunidade Ativa

Além disso, o MuseScore oferece uma vasta biblioteca online de partituras compartilhadas por outros usuários. Isso significa que os professores e alunos têm acesso a um enorme acervo de partituras prontas para uso, abrangendo diversos estilos musicais e níveis de dificuldade. Essa biblioteca pode ser explorada para encontrar material adequado ao nível de cada aluno, poupando tempo na criação de partituras do zero.

No entanto, é importante ressaltar que o uso de partituras com nomes de notas não deve substituir completamente a aprendizagem da leitura tradicional. É fundamental que os alunos também desenvolvam a habilidade de identificar as notas no pentagrama sem depender dos nomes escritos. A utilização das partituras com nomes de notas pode ser um recurso inicial para acelerar o aprendizado e criar uma base sólida, mas a leitura tradicional deve ser gradualmente introduzida e aprimorada ao longo do tempo.

Aprenda como inserir as notas usando a versão 4 do Musescore

No vídeo a seguir você vai aprender como usar o Musescore 4 para inserir os nomes das notas nas figuras da partitura. É bastante simples, mas você vai precisar preparar a partitura da música antes de implementar o recurso. Depois de pronto, é só gerar um PDF ou imprimir para seus alunos.

Aproveite os benefícios do uso de partituras com nomes de notas e do MuseScore, e explore todo o potencial dessa abordagem no ensino e aprendizado da música. O mundo da música está ao seu alcance, e agora, com essa ferramenta, você pode acelerar sua jornada para se tornar um músico habilidoso. Pratique, experimente e divirta-se com a música!

Veja um Exemplo

Veja também no vídeo a seguir um exemplo da música Hallelujah de Leonard Cohen com a melodia no violino e a harmonia no violão. Embora o timbre usado seja violino para a melodia, a mesma partitura pode ser usada por alunos que aprendem outros instrumentos melódicos, como a flauta, por exemplo.

Como gerar a partitura ao tocar usando o Sibelius 7

Neste post vamos dar uma dica para quem gosta de escrever partituras a partir de uma improvisação ou mesmo para aqueles que querem ter a partitura de uma forma rápida bastando executar a peça e como num passe de mágica lá está ela.

É possível fazer isso em diversos softwares e hoje vamos falar do consagrado software de edição de partitura Sibelius. Infelizmente não achei esta funcionalidade no Musescore que é open source.

Vamos então gerar nossa partitura em três estágios: 1) plugar um teclado midi, 2) configurar o Flexi Time  e 3) gravar.

Passo 1:

Inicialize o Sibelius, no menu escolha Sibelius e depois Preferências.

Vai abrir uma janela onde você terá uma opção que é Input Devices ou algo similar para versões do software em português. Se o seu teclado midi já estiver conectado e não aparecer na lista clique em Find new input devices para que o software possa procurá-lo. Ao encontrar, mantenha-o marcado e dê ok.

Passo 2:

Crie uma partitura vazia com os instrumentos que queira adicionar. No exemplo a seguir criamos uma partitura vazia na clave de sol, armadura de clave em fá maior e deixamos a opção de tempo marcada para que seja possível alterá-lo durante o processo de gravação da partitura.

Agora vamos até o menu Note input ( inclusão de notas) e na barra logo abaixo do menu localize a opção Flexi Time. Há uma setinha bem pequena que abre mais opções. Clique nela. Abrirá a janela abaixo com diversas opções para o Flexi Time. Para este post eu mantive a flexibilidade de tempo em médio (rubato). a opção a seguir refere-se a quantos compassos compõem a introdução e a seguir o número total de compassos que se deseja gravar. Na opção Existing music ( música existente) você poderá escolher se quer substituir todas as notas a cada gravação ou se quer adicioná-las. No caso de adicionar a opção overdub deve ser selecionada e a cada performance você estará acrescentando na mesma pauta notas adicionais, caso contrário a performance anterior será apagada. A próxima opção refere-se ao número de vozes que serão gravadas simultaneamente, assim, se escolher mais de uma voz e duas notas forem tocadas simultaneamente elas serão alocadas em vozes separadas. A última opção para o Flexi Time é o metrônomo. mantendo-o marcado, você ouvirá a marcação do tempo enquanto toca.  Esta opção é de extrema importância para garantir que você toque as notas no tempo certo e com isso tenha um bom resultado final na sua partitura evitando muitos ajustes.

Na mesma tela, escolha agora a janela notation. Nesta janela a opção mais importante é o ajuste do ritmo (adjust rhythms no menu Notes Values). Somente use notas com curta duração se a música exigir. No vídeo exemplo a seguir fizemos a gravação de um trecho da música garota de Ipanema de Tom Jobim e neste caso escolhemos que a nota de menor tempo seria a colcheia. Este processo de limitar o tempo das notas é parte do processo de quantificação para garantir os tempos corretos das notas escritas na partitura. As demais configurações nesta janela manteremos sem alteração.

Passo 3

Agora é gravar. Vá até o menu e selecione play. Você localizará uma esfera vermelha que é a tecla de gravação. Ao clicar nela você ouvirá um compasso do metrônomo e logo já deverá começar a tocar.

Uma dica para manter o tempo é ter pelo menos a marcação do baixo ou o ritmo da bateria, mas para quem está acostumado a tocar com o metrônomo isso não é problema. Assista o vídeo no nosso canal do You Tube e veja como o processo é feito na prática.